
Sindilojas 14.ago.2023
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que acompanha a inflação da cesta de consumo de famílias com renda entre um e cinco salários-mínimos, índice utilizado para balizar o reajuste de salários no país, variou -0,09% em julho de 2023. Em relação a junho/23 o índice teve uma variação que praticamente repetiu o resultado do mês anterior, quando havia variado -0,10%. No acumulado em 12 meses, o INPC acelerou para 3,53%. No acumulado do ano, o índice está em 2,59%.
Dos nove grupos que compõe o INPC, quatro deles tiveram variação negativa em julho. Os grupos de Alimentos e bebidas e de Habitação tiveram redução de -0,59% e -1,16%, respectivamente. Esses dois grupos representam aproximadamente 41% do índice, o que contribuiu para a queda do INPC em julho. Alimentação no domicílio (-0,81%) continua auxiliando o processo de trajetória decrescente em seus preços, com destaque para Carnes (-2,23%), Óleos e Gorduras (-2,71%), Aves e Ovos (-1,98%) e Leites e Derivados (-0,93%). O destaque para Habitação foi a queda de -3,94% nas contas de energia elétrica, beneficiada pelo chamado “Bônus de Itaipu” que tem chegado na conta dos consumidores, somado à redução dos preços de combustíveis domésticos (-0,97%) com destaques para o gás de cozinha. Também tiveram quedas os grupos de Vestuário (-0,24%) e Comunicação (-0,02%).
Por outro lado, o grupo de Transportes teve uma alta de 1,17%, revertendo o processo de queda em seus preços dos últimos meses. Com o fim do programa de desconto às montadoras, o item de Veículos próprios variou 0,30% em julho. Mas a grande contribuição no grupo veio de Combustíveis para veículos, que variou 4,57%, após a reoneração total dos impostos federais e estaduais sobre a gasolina. Variaram positivamente também os grupos de Artigos de Residência (0,04%), Saúde e cuidados pessoais (0,10%), Educação (0,18) e Despesas pessoais (0,35%).
Na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA), o índice ficou acima do índice nacional, com variação de 0,28%. No acumulado de 12 meses, o índice encontra-se em 3,15%, e em 5,06% no acumulado do ano de 2023. A variação negativa no índice ficou com Alimentação e bebidas (-0,60%), Habitação (-0,79%), Artigos de Residência (-0,22%), Saúde e cuidados pessoais (-0,54%) e Comunicação (-0,21%). O grupo de Transportes variou 2,80%, descolando-se do índice nacional. Dentro de Transportes, destaque para a variação positiva para os itens de Transporte público (0,96%) e de Veículo Próprio, que variou 0,65% ante queda de -0,18% no nacional, além da variação de 6,98% em Combustíveis para veículos, ante uma variação menor no nacional de 2,28%.