ICEC-RS tem segunda alta marginal consecutiva
A Fecomércio-RS divulgou a edição de setembro de 2023 do Índice de Confiança do Comércio (ICEC-RS). O Índice registrou 111,3 pontos e cresceu na margem (3,0%), mas em relação ao mesmo mês de 2022 segue em patamar menor (-7,2%). Os resultados de setembro esboçam uma reação da confiança, que ao longo de 2023 tem registrado índices menores que no ano anterior. “Ao mesmo tempo em que o ICEC-RS captura a reação da confiança do Comércio – que reforça suas expectativas e se prepara para as vendas de fim do ano – temos uma conjuntura que segue desafiadora, pautada por um consumo cauteloso. Nesse cenário, um planejamento realista e estratégias assertivas focadas nas necessidades dos consumidores são imprescindíveis para buscar e potencializar resultados na reta final de 2023”, comentou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.
O resultado do ICEC-RS na margem (de elevação), assim como na comparação com setembro de 2022 (de patamar inferior), é consonante nos seus três componentes: Índice de Condições Atuais dos Empresários do Comércio (ICAEC), Índice de Expectativas dos Empresários do Comércio (IEEC) e Índice de Investimentos dos Empresários do Comércio (IIEC).
Sobre a avaliação dos empresários quanto às condições atuais, o ICAEC teve elevação de 4,3% ante agosto de 2023, registrando 85,5 pontos. Apesar da melhora na margem, o ICAEC é o componente que mais reflete a baixa da confiança em comparação com períodos anteriores, ficando ainda 14,7% abaixo do registrado em set/22. Dentre os respondentes, enquanto nesta edição 37,4% relataram melhora na situação atual, na edição de setembro de 2022 esse percentual era de 46,5%.
Quanto às Expectativas, o IEEC atingiu os 140,2 pontos e avançou 2,6% em relação ao mês anterior; na comparação com setembro de 2022, o IEEC segue em patamar inferior (-5,1%). O movimento e reação na margem vêm em linha com a proximidade do período mais importante para as vendas do varejo. Nesse mesmo sentido, entre os componentes do IIEC, esta edição do ICEC-RS capturou o segundo aumento consecutivo na margem do Indicador de Contratação de Funcionários (+3,5%, 123,6 pontos) – movimento alinhado ao reforço das equipes com temporários para o fim de ano. Veja a análise econômica e os dados completos.
Fonte: FecomércioRS
Em agosto de 2023, o Índice de Confiança do Comércio (ICOM), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), registrou alta de 2,4% ante julho de 2023. Com isso, o índice atingiu os 93,8 pontos na série com ajuste sazonal, não recuperando totalmente as perdas contabilizadas em julho de 2023 (-2,8%). Na comparação com o mesmo período de 2022, o ICOM registrou variação de -4,8% na série sem ajuste sazonal, alcançando 94,1 pontos em agosto 2023.
A alta de agosto de 2023 do ICOM na margem se deu por conta do Índice de Expectativas (IE), que registrou 93,2 pontos (maior valor desde outubro de 2022). O crescimento das expectativas na margem foi de 8,9% e foi influenciado, principalmente, pela alta de Tendência dos Negócios para os próximos seis meses; o resultado veio depois de uma queda de 4,6% em julho de 2023. Na comparação com agosto de 2022 as expectativas caíram 1,1%. Já o Índice de Situação Atual (ISA) registrou, pelo segundo mês consecutivo, queda na margem (-3,5%); em julho de 2023 havia sido -0,9%. Na comparação interanual houve queda de 7,4% na Situação Atual.
A abertura do ICOM reflete percepções contrastantes por parte dos empresários do Comércio. As expectativas voltaram a avançar em agosto, apresentando melhora que deve estar ancorada na perspectiva de diminuição das taxas de juros, nas medidas para redução da inadimplência e na desaceleração da inflação. Apesar dessa retomada nas expectativas, no horizonte de curtíssimo prazo (situação atual), o componente de demanda insuficiente segue sendo um limitador do crescimento dos negócios, sendo mais evidente nos segmentos de bens não-essenciais, mais sensíveis ao atual patamar elevado de juros.
Fonte: FecomércioRS
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que acompanha a inflação da cesta de consumo de famílias com renda entre um e cinco salários-mínimos, índice utilizado para balizar o reajuste de salários no país, variou -0,09% em julho de 2023. Em relação a junho/23 o índice teve uma variação que praticamente repetiu o resultado do mês anterior, quando havia variado -0,10%. No acumulado em 12 meses, o INPC acelerou para 3,53%. No acumulado do ano, o índice está em 2,59%.
Dos nove grupos que compõe o INPC, quatro deles tiveram variação negativa em julho. Os grupos de Alimentos e bebidas e de Habitação tiveram redução de -0,59% e -1,16%, respectivamente. Esses dois grupos representam aproximadamente 41% do índice, o que contribuiu para a queda do INPC em julho. Alimentação no domicílio (-0,81%) continua auxiliando o processo de trajetória decrescente em seus preços, com destaque para Carnes (-2,23%), Óleos e Gorduras (-2,71%), Aves e Ovos (-1,98%) e Leites e Derivados (-0,93%). O destaque para Habitação foi a queda de -3,94% nas contas de energia elétrica, beneficiada pelo chamado “Bônus de Itaipu” que tem chegado na conta dos consumidores, somado à redução dos preços de combustíveis domésticos (-0,97%) com destaques para o gás de cozinha. Também tiveram quedas os grupos de Vestuário (-0,24%) e Comunicação (-0,02%).
Por outro lado, o grupo de Transportes teve uma alta de 1,17%, revertendo o processo de queda em seus preços dos últimos meses. Com o fim do programa de desconto às montadoras, o item de Veículos próprios variou 0,30% em julho. Mas a grande contribuição no grupo veio de Combustíveis para veículos, que variou 4,57%, após a reoneração total dos impostos federais e estaduais sobre a gasolina. Variaram positivamente também os grupos de Artigos de Residência (0,04%), Saúde e cuidados pessoais (0,10%), Educação (0,18) e Despesas pessoais (0,35%).
Na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA), o índice ficou acima do índice nacional, com variação de 0,28%. No acumulado de 12 meses, o índice encontra-se em 3,15%, e em 5,06% no acumulado do ano de 2023. A variação negativa no índice ficou com Alimentação e bebidas (-0,60%), Habitação (-0,79%), Artigos de Residência (-0,22%), Saúde e cuidados pessoais (-0,54%) e Comunicação (-0,21%). O grupo de Transportes variou 2,80%, descolando-se do índice nacional. Dentro de Transportes, destaque para a variação positiva para os itens de Transporte público (0,96%) e de Veículo Próprio, que variou 0,65% ante queda de -0,18% no nacional, além da variação de 6,98% em Combustíveis para veículos, ante uma variação menor no nacional de 2,28%.
Conforme a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE, o Varejo Restrito brasileiro teve variação de -2,6% no volume de vendas no mês de dezembro em relação ao mês imediatamente anterior, na série que considera o ajuste sazonal. A pesquisa investiga empresas varejistas com 20 pessoas ocupadas ou mais. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, a PMC teve, em dezembro, aumento de 0,4% na série que desconsidera o ajuste (em novembro havia registrado variação de 1,4%). Com o resultado de dezembro, o varejo restrito brasileiro acumulou variação de 1,0% ao longo de 2022. Em relação ao período pré-pandemia, o indicador encontra-se 1,1% abaixo daquele período. O Varejo Ampliado, que inclui as atividades de material de construção e veículos, motos, partes e peças, teve variação de 0,4% na comparação mensal e, em relação a dezembro do ano anterior, o resultado foi de -0,6%. Com isso, o varejo ampliado fechou o acumulado do ano em -0,6%.
No Rio Grande do Sul (RS), comparado ao mês anterior, o Varejo Restrito teve variação de -2,5%, na série dessazonalizada. Em relação ao mês de dezembro do ano passado, houve aumento de 3,7%. Com o resultado de dez/22, o varejo gaúcho acumulou alta de 7,1% ao longo de 2022. Em relação ao período pré-pandemia, o indicador encontra-se 1,9% acima daquele período.
Já no Varejo Ampliado gaúcho houve avanço de 0,5% na margem. Em relação a dez/21, as vendas aumentaram 3,2% no estado. Dessa forma, o volume de vendas do Varejo Ampliado registrou no acumulado em 12 meses alta de 3,7% no Rio Grande do Sul.