Em agosto de 2023, o Índice de Confiança do Comércio (ICOM), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), registrou alta de 2,4% ante julho de 2023. Com isso, o índice atingiu os 93,8 pontos na série com ajuste sazonal, não recuperando totalmente as perdas contabilizadas em julho de 2023 (-2,8%). Na comparação com o mesmo período de 2022, o ICOM registrou variação de -4,8% na série sem ajuste sazonal, alcançando 94,1 pontos em agosto 2023.
A alta de agosto de 2023 do ICOM na margem se deu por conta do Índice de Expectativas (IE), que registrou 93,2 pontos (maior valor desde outubro de 2022). O crescimento das expectativas na margem foi de 8,9% e foi influenciado, principalmente, pela alta de Tendência dos Negócios para os próximos seis meses; o resultado veio depois de uma queda de 4,6% em julho de 2023. Na comparação com agosto de 2022 as expectativas caíram 1,1%. Já o Índice de Situação Atual (ISA) registrou, pelo segundo mês consecutivo, queda na margem (-3,5%); em julho de 2023 havia sido -0,9%. Na comparação interanual houve queda de 7,4% na Situação Atual.
A abertura do ICOM reflete percepções contrastantes por parte dos empresários do Comércio. As expectativas voltaram a avançar em agosto, apresentando melhora que deve estar ancorada na perspectiva de diminuição das taxas de juros, nas medidas para redução da inadimplência e na desaceleração da inflação. Apesar dessa retomada nas expectativas, no horizonte de curtíssimo prazo (situação atual), o componente de demanda insuficiente segue sendo um limitador do crescimento dos negócios, sendo mais evidente nos segmentos de bens não-essenciais, mais sensíveis ao atual patamar elevado de juros.
Fonte: FecomércioRS
O monitor de juros faz o acompanhamento mensal das taxas de juros médias de seis linhas de crédito à pessoa jurídica dos bancos que informam suas taxas médias aplicadas ao Banco Central. As taxas correspondem ao custo efetivo médio das operações para os clientes, composto pelas taxas de juros efetivamente praticadas, acrescidas dos encargos fiscais e operacionais incidentes sobre as operações. A definição dos bancos segue a existência do maior número de agências no Rio Grande do Sul.
Nas taxas relativas à modalidade de Capital de Giro até 365 dias, a menor taxa registrada foi de 2,23% ao mês (a.m.), do Itaú, e máximo de 3,14% a.m., do Santander, dentre as instituições analisadas. Para Capital de Giro acima de 365 dias, as mesmas instituições apareceram nos extremos, com taxas de 1,74% a.m. (Itaú) e de 2,61% a.m. (Santander). Nesta modalidade foram 4 altas e 3 baixas nesse mês.
Já para a modalidade de Antecipação da fatura do Cartão de Crédito, a menor taxa foi de 1,14% a.m., registrada pelo Banco Safra. No mês anterior a instituição havia registrado uma taxa menor (1,12% a.m.). O Itaú registrou a maior taxa, 2,74% a.m., com elevação em relação aos 1,16% a.m. registrados em junho. No Desconto de Cheques, o Banco Safra passou de 1,70% a.m. em junho para 1,66% a.m. em julho, e foi a menor taxa registrada dentre as instituições. O Banco do Brasil ficou com a maior taxa (3,55% a.m.).
Na Conta Garantida, o Bradesco teve redução em sua taxa média, que foi de 3,15% a.m. para 3,09% a.m., sendo a menor entre as instituições analisadas. O Itaú registrou a maior taxa 3,94% a.m. (3,85% a.m. em junho). Para Cheque Especial, o Bradesco registrou a maior taxa em julho, 15,73% a.m. (15,67% a.m. em junho), enquanto no Banco Safra a taxa foi a mesma do mês anterior (10,94% a.m. em julho), menor taxa depois do Citibank, que segue descolado da média da modalidade, registrando 2,10% a.m..
Fonte: FecomércioRS